Emigrofobias
Em Agosto evito tirar férias, evito sair dos meus ciclos de vivência normal. Respiro devagarinho e com calma para não me enfastiar. Não tenho fobias de multidões mas tenho Emigrofobias. E uma emigrofobia é uma estirpe de fobia retroalimentada e com efeitos exponenciais. É também doença sazonal, para a qual não existe, ainda, vacina ou antídoto. É um asco: O asco dos novos dialectos, o asco das modas hediondas, o asco da extroversão básica e grosseira.
“Viem ici Jean Pierre, anda dar quatro besús à tua tia!”. Alguém me atura isto?! Já nos basta a aflição de um novo idioma com regras bem definidas... Que dizer agora de uma salgalhada que segue bitolas individuais!? É que nem o propósito básico de passar a mensagem consegue cumprir! Por um lado, o João Pedro apenas sabe que tem que ir ter com a mãe e que vai haver ali qualquer coisa que tem a ver com beijos, por outro, a desgraçada da tia fica na incerteza daquilo que vai receber, apenas sabe que será em número 4. “Besús?...quatro!... hum... devem ser presuntos”, presume ela.
Depois há a moda! Quatro beijos?! Haverá explicação para a razão dos 4 beijos? Será que os dois últimos é para atestar a veracidade dos dois primeiros ou pura e simplesmente para assegurar que o acto do beijar fica bem feito? Para mim os quatro beijos são a pura demonstração da radicalidade islâmica por aquelas bandas. Ainda a respeito de modas haveria muito por onde lhe pegar, daria para construir uma tese de um pós doutoramento em sociologia. Começaríamos pelos modos e acabaríamos nas modas do vestir e do aparentar, rematando com as estranhezas arquitectónicas a que os nossos “emigras” nos obrigam.
Dissequemos, para finalizar, a presunção das palavras “anda dar” na frase da mãe do João Pierre. Para eles até os beijos são dados, e quem dá é o maior do mundo! Não sabem que o cumprimento tem que ter reciprocidade, tem que ser algo consentido. Se a mãe do JP tivesse dito: “Viem ici Jean Pierre, vem cumprimentar a tua tia”, a tia do JP nem sequer ficaria iludida com a história dos presuntos e o cumprimento seria mútuo, muito mais sincero, sem decepções.
A atitude de alguns emigrantes (Ei, atencion, alguns heim!) anda ali algures num misto entre a ilusão de supremacia étnica e aquela postura ansiosa idêntica à de um prisioneiro no dia em que sai da cadeia ou de um cachorro quando o libertam das correntes. Chegam ansiosos, transformam-se em altivos, e regressam sequiosos para mais um ciclo anual em que o único ponto alto é mesmo (e sempre a mesma) a augusta quinzena em que podem exibir os carros e as músicas mais parolas da Europa.Ei, atencion! Si tu queres isto é só para alguns, heim... Porque outros há a quem lhes tiro o meu chapéu.
“Viem ici Jean Pierre, anda dar quatro besús à tua tia!”. Alguém me atura isto?! Já nos basta a aflição de um novo idioma com regras bem definidas... Que dizer agora de uma salgalhada que segue bitolas individuais!? É que nem o propósito básico de passar a mensagem consegue cumprir! Por um lado, o João Pedro apenas sabe que tem que ir ter com a mãe e que vai haver ali qualquer coisa que tem a ver com beijos, por outro, a desgraçada da tia fica na incerteza daquilo que vai receber, apenas sabe que será em número 4. “Besús?...quatro!... hum... devem ser presuntos”, presume ela.
Depois há a moda! Quatro beijos?! Haverá explicação para a razão dos 4 beijos? Será que os dois últimos é para atestar a veracidade dos dois primeiros ou pura e simplesmente para assegurar que o acto do beijar fica bem feito? Para mim os quatro beijos são a pura demonstração da radicalidade islâmica por aquelas bandas. Ainda a respeito de modas haveria muito por onde lhe pegar, daria para construir uma tese de um pós doutoramento em sociologia. Começaríamos pelos modos e acabaríamos nas modas do vestir e do aparentar, rematando com as estranhezas arquitectónicas a que os nossos “emigras” nos obrigam.
Dissequemos, para finalizar, a presunção das palavras “anda dar” na frase da mãe do João Pierre. Para eles até os beijos são dados, e quem dá é o maior do mundo! Não sabem que o cumprimento tem que ter reciprocidade, tem que ser algo consentido. Se a mãe do JP tivesse dito: “Viem ici Jean Pierre, vem cumprimentar a tua tia”, a tia do JP nem sequer ficaria iludida com a história dos presuntos e o cumprimento seria mútuo, muito mais sincero, sem decepções.
A atitude de alguns emigrantes (Ei, atencion, alguns heim!) anda ali algures num misto entre a ilusão de supremacia étnica e aquela postura ansiosa idêntica à de um prisioneiro no dia em que sai da cadeia ou de um cachorro quando o libertam das correntes. Chegam ansiosos, transformam-se em altivos, e regressam sequiosos para mais um ciclo anual em que o único ponto alto é mesmo (e sempre a mesma) a augusta quinzena em que podem exibir os carros e as músicas mais parolas da Europa.Ei, atencion! Si tu queres isto é só para alguns, heim... Porque outros há a quem lhes tiro o meu chapéu.
8 Bocas:
Tens totalmente razão...
Aucun commentaire face à une telle animosité.
Não estava, concerteza. a falar do último anónimo... Ou será que estava?
Mesmo no anonimato, o francês foi sentido, firme e perfeito. Eu gosto de coisas firmes e perfeitas em todos os quandrantes em que me encontro... Por isso disse: "outros há a quem lhes tiro o meu chapéu". Talvez a ti sr. anónimo.
Je estou de acorde!!!
É de evitar e fugir a 7 pés!!!
Cruzes, credo canhoto...
Por favor falem uma das duas línguas: ou a materna (preferível) ou a adoptada.
Nunca, mas nunca uma misture das deux.
S.V.P.
Merci e a tout a le heur!!
Preferi a dissertaçao do tema BOXERS!Principalmente se foi uma experiência vivida!
O tema Boxers http://boca-dos-.blogspot.com/2005/01/boxers.html não foi escrito por mim (Bocados) mas pelo meu colega (Kid A). Mas eu pergunto-lhe se foi a sério ou a brincar.
Usas chapéu?
Às vezes, o de chuva, quando está a chover.
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